sábado, 22 de agosto de 2009

Desconhecida

Há dias em que nem eu mesma me reconheço
Já não sei quem sou, nem para onde vou...
E me pergunto se ainda existo, se me conheço.
É quando percebo que um verdadeiro esgoto, eu sou.


Milhares de dejetos fúnebres putrefam o meu ser
Vida? Já não a sinto mais...
Fraca tornei-me por tanto padecer
E agora indago-me: será que existe a verdadeira paz?


Solidão, tristeza e angústia é o que hoje eu sou.
O encanto se perdera, a magia tivera fim.
O mundo me esquecera e agora abandonada estou.


Noite escura é só o que eu posso ver
O frio congela meus ossos, mas meu coração procede a crepitar
Minh’alma tornara-se desvanecida. Lânguida, estou a morrer...

Procura

Falta-me uma parte
Mas não sei onde a perdi
Tua ausência me corrói aos poucos
Quem disse que você tinha que ir


Teu rosto, teu gosto, tua pele.
Para sempre em minha memória estarão presentes
Você chega do nada e me fere
Pudera a gente controlar o que sente


Doravante sairei pelo mundo
Em busca do antídoto proibido
Mas do que adianta se eu sou um moribundo?


Procuro e não te encontro. Aonde você se escondeu?
Uma vida de lágrimas minha vida é agora
Por te amar perdidamente arruinei meu próprio eu.

Pássaro

Eu?
Poço de desilusão.
Emaranhado de erros.
Débil ave a voar solitária no teu céu.

Eu...
Sórdida.
Incapaz.
Por tuas palavras, desacreditada.
Cansei de nunca acertar.

Eu!
Embaixadora do fracasso.
A mais ínfima das criaturas.
De tanto buscar-te me perdi.
Visto agora a mortalha nupcial para voar ao teu encontro.