O amor desajeitado.
O amor que grita aos 4 cantos através de um simples olhar o quanto se pode querer bem, querer gostar, querer amar e beijar e abraçar e eternizar...
O amor que segue calado. 
Aquele que ainda não chegou. Não existiu. Não apareceu....
Amor. Amar. Amei amar. Amar amarei. Amei esperar. Amo você. Amor amar.

Chegou intenso, louco, impulsivo.
Se fez amado, querido, adorado.
Me faz querer sonhar, amar, brilhar.
Por você "desdigo" aquilo que afirmei por muito tempo.
Com você irei multiplicar as sementinhas de luz que o nosso amor vai gerar.

Rompo. Transgrido. Sou.
Me travisto de mim mesma e me jogo na performance da vida.
Danço. Enceno. Arrisco.
Vivo.
Morro.
Sou.

Sonhos perdidos que se renovam e vão aos poucos tecendo o que sou.
Pensei que era e não fui.
Achei que iria ser e acabei sendo.
Por hora sou o que não pensei ser e vivo o que tanto sonhei.
A vida é mesmo isso o ato inesperado de se lançar em um precipício e morrer de ser feliz.

De repente as palavras voltam a pingar sobre a terra seca que por hora foi meu chão.
Elas são agora essa chuva mansa e intensa que cai sobre mim trazendo a inspiração que por tanto tempo fugiu.
Lutei. Relutei. Não queria mais falar.
Mas ela veio silenciosa e foi invadindo, penetrando todos os meus recantos abandonados.
Hoje falo porque fui banhada.
Falo porque estou encharcada.
Molhada de inspiração.

Mergulho na escuridão do meu quarto e me perco sob tantas cobertas de medo e insegurança, até meu sono chegar inúmeros devaneios vão preenchendo o vazio que sou...

Não lido bem com escolhas, por isso não passo de uma folha seca conduzida pelo vento amargo do destino.